O núcleo do reator 4 da central nuclear de Chernobyl na Ucrânia da era soviética entrou em fusão e explodiu, causando o pior desastre nuclear da História. Os efeitos fizeram-se, e ainda se fazem e farão sentir-se durante longos anos e a vários níveis: ambientais, sanitários ou políticos. Mas também turísticos e económicos.
Estimam-se milhares de mortos em consequência da radiação – entre 4 mil e 90 mil. Para o meio ambiente o acidente libertou pelo menos 100 vezes mais radiação do que as bombas atómicas lançadas sobre Nagasaki e Hiroshima.Uma “nuvem” composta de elementos radioativos (iodo-131, césio-134 e césio-137) escapou do local nos dez dias seguintes, que, empurrada pelos ventos, contamina grande parte da Europa.
Após o acidente, vestígios de depósitos radioativos foram encontrados em quase todos os países do hemisfério norte. Mas o vento e as chuvas irregulares deixaram até algumas áreas mais contaminadas do que as contíguas. A Escandinávia foi gravemente afetada e ainda existem áreas do Reino Unido onde as quintas têm de fazer controlos regulares, assim como em França, e são apenas exemplos na Europa. Hoje é um lugar fantasma onde as construções são engolidas pela natureza e pelo abandono. Ainda são registrados altos índices de radioatividade por ali.